
História de um garoto que cresce no engenho do avô após o pai ter morto a mãe.
Além de autobiográfico, é um fiel retrato de época. A economia da cana de açúcar pela visão do neto de um senhor de engenho; às vezes mimado, caprichoso e principalmente muitíssimo observador(devido à sua precária saúde, que o impede de desfrutar das aventuras junto aos moleques da fazenda), o garoto descreve minuciosamente -excesso de detalhes) a vida na casa grande. Crimes familiares, abusos contra escravos negros, amores de infância e loucuras de adolescência.
À medida que o garoto cresce, novos aspectos do cotidiano no engenho vão se revelando. Porém, essa gradativa revelação de detalhes não contribui para construção da expectativa para uma complicação da história.
Na minha opinião, faltou clímax. Até entendo toda a coisa do romance histórico, da literatura pelos fatos ocorridos e não pela arte, mas livro é livro; notícia é notícia. Misturá-los ou confundi-los é pecar contra a arte e contra a história.
Talvez tenha sido o próprio estilo, ou a tentativa de inovar que tenham contribuído contra o livro. Os fatos são interessantes, a personagem é interessante num cenário interessante mas o enredo é pobre. Tive a impressão que se os fatos forem alterados e reposicionados, nada se alterará.
Não gostei.
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